quarta-feira, 20 de julho de 2016

O USO DE BICICLETAS E O RELEVO URBANO



O uso habitual e generalizado da bicicleta em uma cidade qualquer depende de alguns fatos essenciais. Num lugar prioritário entra a questão das características morfológicas do sítio urbano, onde a cidade estabeleceu sua estrutura de ruas, praças e tentáculos. Cidades nascidas e crescidas em rasas planícies de restingas propiciam o uso mais amplo de bicicletas, engendrando um papel social que raramente tem sido registrado.
Por sua vez, cidades implantadas em regiões acidentadas, desenvolvidas espacialmente em encostas de morros, morrotes e colinas, têm grandes limitações para o uso mais amplo de bicicletas. É o caso dos organismos urbanos estendidos por colunas onduladas possuidoras de rampas e ladeiras como alguns dos pontos tradicionais, que perderam a chance da utilização mais intensa dos biciclos. Ainda que pudessem ter ciclovias de uso parcial, limitadas a setores mais planos de seu sítio urbano, como planície e terraços fluviais.
No caso, torna-se inoperante a pressão de pessoas simplórias e da mídia na defesa de um sistema urbano de ciclovias. Tendo-se de considerar sempre para as grandes cidades o problema da intensidade do emaranhado de veículos de toda sorte. Não é preciso dizer que estamos pensando no caso da Grande São Paulo. Nessa conjuntura, o uso da bicicleta em redes mais amplas é praticamente impossível.
E na minha cidade, o uso de bicicletas e a implantação de ciclovias ou ciclofaixas tem sido prioridade?
Aziz Nacib Ab’Saber, retirado do sítio da Scientific American Brasil (http://www2.uol.com.br/sciam/artigos/o_papel_social_das_bicicletas.html)
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